sábado, 9 de agosto de 2014

Dilma não consegue reduzir a sua taxa de rejeição, que é a maior de todos os candidatos

O blogueiro Magno Martins comenta neste sábado (09) o resultado da pesquisa Ibope que aponta um alto índice de rejeição de Dilma Roussef.
Confira:

A pesquisa presidencial do Ibope, ontem, apontou um quadro estável. Dilma mantém a liderança com 38%, Aécio vem em seguida com 23% e Eduardo aparece com 9%.

O cenário de segundo turno ainda é duvidoso, mas um dado chama atenção: Dilma não consegue reduzir a sua taxa de rejeição, que é a maior de todos os candidatos, quase o patamar daqueles que se manifestam pela sua reeleição: 36%.

Com uma rejeição estratosférica dessas é muito provável que haja um segundo turno. Aliás, uma tendência histórica, porque o PT nunca ganhou eleição presidencial no primeiro turno. Até com Lula, houve segundo turno, tanto na primeira vez em que ganhou em 2002 quanto na reeleição, em 2006.

Para reduzir uma taxa alta de rejeição assim, a presidente naturalmente optará na propaganda eleitoral para mostrar as ações do seu governo em que a mídia, mesma com tamanha propagação, não foi capaz de chegar até ao segmento que desaprova o seu governo ou que se nega a votar nela, mais uma vez.

Os adversários da candidata líder das pesquisas já sabem, também, por onde atacar no guia eleitoral: a temeridade do eleitor. Entre os que estão na corrida presidencial o que atravessa a zona mais confortável em termos de rejeição é o socialista Eduardo Campos, com apenas 9%, enquanto o tucano Aécio Neves tem a metade de Dilma – 16%.

Candidato com baixa taxa de rejeição tem, portanto, mais capacidade para crescer ao longo da campanha na televisão e no rádio, fase em que a população é obrigada a se envolver no processo, mesmo não querendo, porque as inserções comerciais de 30 segundos, as mais importantes, são veiculadas em toda a grade televisiva, inclusive no horário de maior ibope, a novela das oito.


Escrito por Magno Martins, às 06h00

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