quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Crivella critica vaidade e brigas e diz que "política está muito chata"


Terceiro candidato a ser sabatinado pelo UOL, pela "Folha de S.Paulo" e pelo SBT, Marcelo Crivella (PRB) afirmou nesta quinta-feira (7) que "a política está muito chata" ao ser questionado sobre mensagens motivacionais publicadas em suas páginas nas redes sociais, a exemplo do post feito nesta manhã, antes da sabatina.


O candidato, que na mais recente pesquisa do Ibope aparece tecnicamente empatado com Anthony Garotinho (PR)  e Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse que pouco fala sobre política por conta da falta de "bons assuntos". "Quando tem, eu coloco", disse. De acordo com o Ibope, Garotinho tem 21% das intenções de voto, Crivella tem 16% e Pezão, 15% (a margem de erro é de três pontos percentuais).

"São mensagens mostrando otimismo. (...) A vida é isso. Um dando força para o outro", afirmou Crivella. "Isso gera uma afinidade muito grande [com o eleitor]. (...) Aos pouquinhos, também vou passando a política, mas a boa política", completou.

O candidato do PRB também argumentou que as constantes brigas entre políticos contribuem para que haja um desinteresse da população. "É por isso que a política está chata. É muita briga e muita vaidade. As pessoas não aguentam mais políticos brigando", declarou.


Minutos depois, no entanto, Crivella falava sobre a possibilidade de ser eleito governador mesmo sem ter alianças --ele concorre ao cargo sem coligação com outros partidos-- e aproveitou para comentar ironicamente episódios relativos aos seus adversários Sérgio Cabral (PMDB) e Anthony Garotinho (PR). "Meu sonho de consumo é ganhar essa eleição não tendo aliança e com menor orçamento", afirmou. "Eu vou fazer um governo sem guardanapo na cabeça, sem greve de fome e sem escândalos."

Ainda sobre alianças com os partidos, ele afirmou que, se eleito, elas são possíveis, "desde que tenha princípios éticos". "Não podemos receber doações de R$ 8 milhões de empreiteiras, que depois podem te cobrar. (...) Mas não vou governar sozinho. Vou procurar uma aliança com todos. Política se governa com aliança."

Homofobia
O candidato negou ser homofóbico durante a sabatina. Crivella, que é evangélico, disse que os rumores sobre ser homofóbico foram criados por seus adversários políticos. "Não tem povo menos homofóbico que o evangélico", disse.

"Por eu ser evangélico, acham que eu, ou os evangélicos, somos homofóbicos. Não tem povo menos homofóbico que o evangélico. O que os evangélicos querem é o direito de se expressar e dizer que a homossexualidade é pecado, como diz a Bíblia", afirmou Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.

Sabatinas
Crivella é o terceiro dos quatro principais candidatos ao governo a passar pela sabatina. Ontem (6), Anthony Garotinho (PR) participou da entrevista. Já o  petista Lindberg Farias foi sabatinado na terça (5). O atual governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), fecha o ciclo de sabatinas na sexta (8).

Participam das sabatinas os jornalistas Humberto Nascimento, editor-chefe do "SBT Rio", Maurício Stycer, colunista do UOL, e Fernanda Godoy, repórter da "Folha de S.Paulo".

As datas das sabatinas foram definidas por sorteio na presença de representantes das respectivas campanhas.

Portal Uol

Nenhum comentário:

Postar um comentário