segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Dilma diz que cabe ao Congresso explicar suposta fraude em CPI

(Foto: Letícia Macedo / G1)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (4) que cabe ao Congresso Nacional explicar a denúncia de suposto favorecimento a ex-dirigentes da Petrobras convocados para prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada no Senado para investigar a estatal do petróleo. A chefe do Executivo viajou a São Paulo nesta segunda exclusivamente para visitar um posto de saúde na periferia do município de Guarulhos, na região metropolitana.

Segundo reportagem publicada na edição desta semana da revista "Veja", depoentes como o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró tiveram acesso a perguntas que seriam feitas por senadores antes de falar à CPI da Petrobras.  A revista afirma ter tido acesso a um vídeo com 20 minutos de duração no qual aparecem o chefe do escritório da estatal em Brasília, José Eduardo Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e uma terceira pessoa não identificada conversando sobre as perguntas que seriam formuladas, sobre quem as elaborou e sobre quem deveria recebê-las.
"Isso [denúncia de favorecimento aos depoentes da CPI da Petrobras no Senado] é uma questão que deve ser respondida pelo Congresso", disse Dilma ao ser indagada sobre a denúncia.

Ela também foi questionada por repórteres sobre o fato de lideranças da oposição terem anunciado durante o final de semana que vão acionar o Conselho de Ética e o Ministério Público para investigar o caso. A oposição sustenta que, se comprovada, a participação de servidor do Executivo na elaboração das perguntas pode configurar ato de improbidade administrativa.

"O PSDB faz as representações que quiser fazer em Brasília", ressaltou Dilma, em tom irônico.
Presidente da CPI da Petrobras, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) informou neste domingo (3), por meio de nota oficial, que vai investigar a suposta fraude na comissão de inquérito. No comunicado, Vital do Rêgo disse estar "surpreendido" com "denúncias sobre informações privilegiadas passadas a depoentes".

Do G1

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