segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Grupos defendem: " Pago R$ 3,50, mas não voto"


Sair de casa, enfrentar o trânsito e as filas são sacrifícios que custam muito mais do que R$ 3,50 – valor máximo da multa para os eleitores faltosos que não justificarem o voto até 60 dias depois do segundo turno. Com isso em mente, o consultor Vitor Hotz, de 26 anos, e outros milhares de eleitores engrossam o coro “pago R$ 3,50, mas não voto” na internet, movimento que tomou conta das redes sociais desde os grandes protestos de junho do ano passado.

Arquivo pessoal
“É a primeira eleição que decidi fazer isso, antes escolhia um representante ou votava em branco. Neste ano não vou perder tempo indo para a urna. Pago R$ 3,50, mas não voto. Minha vida vai continuar e não participo dessa falcatrua”, disse Hotz, de São Gonçalo (RJ), que em 2013 criou um grupo no Facebook convidando seus amigos a fazer o mesmo. Além do descontentamento com o cenário político atual e a segurança pública, a desconfiança em relação à urna eletrônica e a obrigatoriedade do voto reforçam a escolha dos brasileiros que vão ignorar o dia 5 de outubro, data do primeiro turno das eleições.

Se antes era comum encontrar grupos e eventos nas redes sociais estimulando o voto branco ou nulo como protesto, hoje impera o chamado para boicotar as eleições. O movimento poderia ter adesão nacional considerando que 61% dos eleitores afirmaram que são contra o voto obrigatório, segundo uma pesquisa Datafolha divulgada em maio. A falta de informação (sobre a simbólica multa eleitoral) e um possível medo do Estado, porém, fazem a proposta de abandonar as urnas ser vista como uma ação perigosa.

Do IG

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