segunda-feira, 14 de julho de 2014

Alexandre Carlo apresenta Quartz


O compositor e instrumentista brasiliense Alexandre Carlo está em casa. Com residência em Brasília, o músico está livre e pronto para experimentar um voo solo, com suas composições, imerso em diversos gêneros e misturas, que resultam em seu primeiro trabalho solo, intitulado Quartz.


Por Hélio Rodrigues

O ponto de partida é o Partido Alto. Referência da localidade de sua raiz paterna lá no bairro de Madureira no Rio de Janeiro. Alexandre Carlo vocalista da banda de reggae brasiliense NatiRuts apresenta seu projeto solo Quartz, restaurando a Black Music de Brasília.

Esse compositor da recente geração da música brasileira que tanto decanta o seu talento, ora como músico, ora como pesquisador, propõe uma fusão dos elementos do samba com outros acuros do Soul e do Funk norte americano, proveniente de sua frutífera convivência com os numerosos vinis de James Brown, Jorge Ben e Earth Wind and Fire que faziam parte do acervo de seu pai.

A sinergia revisitada e ampliada desse trabalho começa com um sunset pluralizado em Venha me encontrar. Música que abre um portal de referências com o imaginário da Banda Black Rio e dos clássicos bailes charme do Clube Pandiá, no setor militar em Brasília, na década de 70, que se moviam com os passos de uma Aruc brasiliense, celebração dos encontros.

No single Last Night a vulcânica e exímia participação do rapper paulistano Rashid, chega simultaneamente dançante e suave desvendando às novas rotas sutis de um amor noturno.

Na groove-balada Comment Allez Vous a senha é dada aos cavalheiros de plantão, que disponibilizam seus ouvidos aos carinhosos olhares de suas amadas, com um leve exercício de atenção, aliado, às novas formas de poesias líquidas dos melhores vinhedos do mundo.

A contagiante “Tava com saudade” pulsa num suingue analógico, antenada na lógica digital da criatividade percussiva brasileira, magnetizando os sentidos na camada sonora do funk carioca. Alexandre consolida sua visão de artista múltiplo convidando minuciosamente um seleto manancial de talentos de Brasília como Ellen Oléria, Felipe Portilho, Leander Motta entre tantos outros parceiros, que imprimiram um vigor único com participações no projeto, convergindo com o extraordinário polimento musical do engenheiro de som e parceiro Daniel Félix.

O álbum traz uma esteira musical que sempre permeou esse talentoso compositor da música brasileira fora do reggae. Uma linguagem simples e sofisticada como no paralelo profético “audiovisceral” de Renato Matos, Athos Bulcão, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer que já se impressionaram com o desafio de ao pôr do sol, olhar para o céu e não apenas ver um mar sem som. Alexandre catalisa a Brasília da rocha indígena, carioca, paulista, baiana etc. lapidadas nas batucadas genealógicas desse novo brilho de samba funk genuinamente brasiliense.

Uma revigorante elegância que entrará sem pressa nos ouvidos curiosos, como uma nova terapia de arrefecimento na cervical da música brasileira. Inspiração para os novos desenhos de som para autoestima, reconhecida tanto nos batuques por meio da caixinha de fósforo, como nos sorrisos panorâmicos desse poeta, que sempre observa os quatro cantos do ouvido da vida brasileira em varais de poesia ambulante.

Informações para a imprensa:

Manu Santos|Produção Cultural|Imprensa

Telefone (61) 95502192
E-mail: manusantos.assessoriacultural@gmail.com
Site: www.desfrutecultural.com.br


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