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Em depoimento prestado em outubro à Justiça Federal do Paraná, Paulo Roberto Costa afirmou que alguns contratos celebrados pela Petrobras eram superfaturados e cerca de 3% do faturamento era destinado à partidos políticos. A suspeita da PF e do MPF é que, por meio de Costa, as doações de campanha feitas por empreiteiras, legalizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também serviam como um pagamento indireto de propina por contratos conquistados junto à Petrolífera.
As investigações da Lava-Jato apontam a possibilidade de que o ex-diretor de refino da Petrobras mantinha contato direto com representantes da Camargo Corrêa, OAS, UTC, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Engevix e Mendes Júnior para a obtenção de recursos de campanhas eleitorais.
“Alguns desses nomes (de representantes das empresas) também encontram-se anotados em agenda que foi apreendida na residência de Paulo Roberto Costa, em parte atinente a contatos junto às empreiteiras para obtenção de doações eleitorais”, afirma o juiz Sérgio Moro, nos mandados de prisão preventiva, temporária e condução coercitiva cumpridos na semana passada pela Polícia Federal.
Entre os nomes apontados como intermediários na obtenção de recursos de campanha estão Eduardo Hermelino Leite, Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, pela Camargo Corrêa; José Aldemário Pinheiro Filho (Leo Pinheiro) e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, pela OAS; na UTC, o contato era com Ricardo Ribeiro Pessoa; na Queiroz Galvão, com Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Colares Filho; na Galvão Engenharia, com Erton Medeiros Fonseca; na Engevix com Gerson de Mello Almada e na Mendes Júnior, com Sergio Cunha Mendes.
Fonte: IG
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