quinta-feira, 29 de maio de 2014

Equipes percorreram 14 aeroportos nas 12 cidades-sede e encontraram problemas em todos


Os aeroportos brasileiros ainda não estão preparados para receber os milhares de turistas que vêm para a Copa do Mundo. Foi o que revelou uma pesquisa que será divulgada no mês que vem e a que o Bom Dia Brasil teve acesso. As equipes da Proteste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - percorreram os 14 aeroportos das 12 cidades-sede. Em todos, a mesma constatação: ainda falta sinalização, segurança e há improviso com as obras. O levantamento foi feito em fevereiro, e nesses três meses os problemas continuam os mesmos.

Em Natal, há pouca sinalização no desembarque e as portas de emergência não contam com barras antipânico, mas o vão entre a escada rolante e o primeiro andar foi fechado. Já em Brasília, a parte recém-inaugurada já tem goteiras e infiltrações. No Aeroporto Internacional do Rio, um dos responsáveis pela pesquisa aponta que no desembarque do Terminal 1 é difícil encontrar os extintores de incêndio. “Não consigo avistar daqui realmente. Se alguém precisasse ia ficar igual barata tonta”, afirma Fernando José, taxista. Eles estão atrás da pilastra, mas, segundo a pesquisa, deveriam ficar visíveis e com placas luminosas indicando a localização. As esteiras que ligam um terminal ao outro também não funcionam e é preciso empurrar as bagagens por todo o trajeto. “Transtorno enorme. Conforto nenhum. Pelo menos a gente malha um pouquinho”, diz Júnior Siqueira, cantor. Segundo a pesquisa, a área do aeroporto internacional do Rio com mais problemas não tem sinalização e está em obras, sem nenhum tipo de isolamento. “Estava procurando banheiro e me deparei com essa zona, não vi nenhuma placa informando”, lamenta Jean Júnior, estudante. “Sente em perigo, de repente cai alguma coisa, não tem proteção”, ressalta Éder Marques, supervisor de cooperativa. “Se contém materiais de obra deveria ser separada do público em geral. As pessoas que vão acessar essa área não deveriam ter acesso a isso”, diz Carlos Confort, coordenador do estudo/Proteste. O Aeroporto Santos Dumont foi um dos mais bem avaliados, mas não escapou das críticas: há pouca indicação de saída de emergência no primeiro andar e a fila do táxi é demarcada por fitas que, segundo os técnicos, podem prejudicar a saída em caso de tumulto. Os passageiros concordam que muitas vezes se sentem perdidos nos aeroportos. “Vim buscar meus netos que vieram do Canadá. Não tem um balcão de companhia aérea para te informar, nada. Não achei eles ainda”, conta Regina Guiot, aposentada. Por sorte, dona Regina foi encontrada pela família que ela veio buscar. A Infraero informou que, no Galeão, os equipamentos de combate a incêndio estão sinalizados e que a arquitetura do Santos Dumont oferece grandes áreas para a saída. Sobre Natal, a Infraero afirmou que todo o terminal é sinalizado. Já em relação à goteira em Brasília, a concessionária do aeroporto afirmou que o problema já estava sendo resolvido.

Do G1 - Bom Dia Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário