sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Trabalhadora rural realiza o desejo de se aposentar

Não levou mais de 30 minutos e dona Benedita Quitéria, 55, já estava sorrindo à toa com a carta de concessão da Previdência Social que garante a aposentadoria rural. Ela é uma trabalhadora do campo que desde os 6 anos ajudava os pais na lavoura. “ A terra é minha vida e dela não me separo”, diz sorrindo.

Aliás o sorriso é uma expressão que conquista quem chega perto dela. Pequena, com seus 1,5m, magra, mãos calejadas e olhar cativante, orgulha-se de contar seu passado. “ Comecei a trabalhar no roçado plantando feijão, milho, maxixe, quiabo. Tenho oito filhos, dois se casaram e os outros seis eu sustento sozinha”, revela.

Do Governo Federal ela recebe o Bolsa Família (R$ 156,00). Quando a colheita é boa, vende o que sobra, mas basicamente a agricultura é de subsistência. Os filhos só vão para o campo quando não tem aula. “Tiro eles da escola não, de jeito nenhum”, afirma a moradora do Sítio Cajá, no município de Brejo da Madre de Deus, a 60 quilômetros de Caruaru/PE.

Antes de chegar à agência, dona Quitéria recebeu orientação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. E foi na Agência da Previdência Social de Caruaru que ela conseguiu se aposentar. Chegou na hora certa e foi atendida no horário marcado. Apresentou toda a documentação exigida, respondeu as perguntas do questionário e nem precisou de testemunhas. “ Ela mora e trabalha no meio rural desde a sua infância. Não tem outra atividade. Pela entrevista realizada a agricultora foi coerente nas respostas, provou que conhece a atividade e conquistou seu benefício”, explicou o servidor Marcos Antônio Oliveira.

Ao assinar o documento a trabalhadora não se conteve. Abriu um largo sorriso, abraçou o papel e declarou: “Agora com a aposentadoria vou me alimentar muito bem, porque quando começar o inverno eu vou estar mais forte. A vida vai ser outra sorriu".

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