É uma vergonha o que está acontecendo no sertão pernambucano com a paralisação da ferrovia Transnordestina. Soube, há pouco, através de um fornecedor de minérios para a obra, que só aos postos de gasolina entre Araripina e Arcoverde o calote do consórcio alcança uma cifra em torno de R$ 10 milhões.
A responsável pelo calote é a empresa Transnordestina Logística S/A, que toca obra via PPP - Parceria Público Privada - com o Governo Federal. Só de material de reposição para as obras, este empresário do ramo de mineração tem a receber R$ 1,5 milhão.
A denúncia da paralisação das obras foi feita, ontem, no meu programa Frente a Frente, em rede estadual com 30 emissoras, tendo a Rádio Folha 96,7 FM como cabeça de rede, pelo prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (PTB). Segundo ele, os trabalhos também foram suspensos ou estão andando a passos de tartaruga em Custódia e Pesqueira.
Integrante do consórcio de empreiteiras que tocam o projeto, a Odecbrecht já caiu fora, fechou o seu escritório em Arcoverde e demitiu mais de 500 trabalhadores.
A última informação na região é de que a Odebrecht está passando o abacaxi para a construtrora Queiroz Galvão. Mas, sem a certeza de que os débitos no comércio local serão quitados.
Tudo isso ocorre três dias após a presidente Dilma anunciar aos governadores do Nordeste, em Aracaju, que a região não seria penalizada com os cortes de R$ 50 bilhões no OGU deste ano. Por ironia, na Carta de Barra dos Coqueiros, subscrita pelos nove governadores, o primeiro item diz o seguinte: 'O Nordeste não pode parar'.
Escrito por Magno Martins, às 12h13
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